A castração de Alcides (Juliano Cazarré) em Pantanal só vai ao ar na última semana da novela das nove, que termina em 14 de outubro. Diferentemente do que aconteceu na Manchete, em 1990, a sequência será exibida bem mais leve. Para não chocar o telespectador da Globo, o autor Bruno Luperi escreveu uma cena apenas imaginada e ouvida por Maria Bruaca (Isabel Teixeira), sem sangue e horror.
O terror será psicológico. Tenório (Murilo Benício) irá flagrar o casal de amantes no quartinho que o peão morava em sua fazenda. A essa altura, o capataz terá resgatado Bruaca da chalana de Eugênio (Almir Sater). A mulher terá ido a sua antiga casa para se despedir de Guta (Julia Dalavia).
Ela avisará à filha que estará se mudando com Alcides para o Sarandi, no Paraná. Na hora de eles irem embora, Bruaca e Alcides decidirão ter uma última transa naquele quartinho que foi o ninho de amor deles. No entanto, os dois serão flagrados por Tenório.
Nesse capítulo, o grileiro terá ido a Campo Grande com os filhos, mas voltará antes justamente para tentar se vingar do casal. Sem que ninguém saiba, o fazendeiro levará os dois para uma tapera abandonada prometendo matá-los.
Ao chegar ao local, no entanto, o pai de Guta irá torturar o casal de amantes com ameaças. Primeiramente, ele mandará Bruaca soltar os cabelos para transar com ela na frente de Alcides, que estará amarrado. Ela irá implorar para Tenório não estuprá-la, e o peão começará a xingar o rival de corno.
Quarto do pânico na novela
Tenório arrastará o desafeto para um quartinho e avisará que vai capá-lo para ele ficar mansinho. Bruaca implorará que Tenório não mate Alcides e dirá que ama o peão. O fazendeiro corno rirá da cara dela e afirmará que fará algo muito pior com o inimigo.
Tenório fechará a porta do quartinho e passará a chave. Maria se arrastará
até a porta, tentando espiar o que se passa lá dentro pelas frestas. Ela só conseguirá tentar reconstituir o que se passa no cômodo fechado pelos barulhos. Primeiramente, a mulher e o público ouvirão barulhos de Alcides se debatendo.
Aos poucos, ele começará a esganiçar. O terror será todo transmitido a partir dos olhos de Maria, horrorizada. Os urros de dor e sofrimento de Alcides transbordarão pela tapera e se espalharão pela noite.
“A medida que a câmera se afasta, seus gritos vão se dissipando até só se ouvir os sons da boca da noite. O que se passa naquela tapera, talvez, nós nunca iremos saber”, escreveu o novelista que faz a adaptação do remake no roteiro da cena entregue ao elenco.
Cicatrizes psicológicas
Satânico, Tenório abrirá a porta e revelará por trás de si o cenário de uma tortura. O peão, coitado, estará caído no chão, desfalecido, estropiado. Pior do que as marcas de tortura pelo seu corpo, serão as cicatrizes psicológicas que essa noite deixará.
Maria, que estava amarrada do lado de fora do quartinho esse tempo todo, se agitará. Tenório falará para ela recolher o que sobrou do “homem dela”, já que ele não vai mais servir para muita coisa mais. A personagem de Isabel Teixeira rastejará até perto dele, desesperada. Mas o amante mal reagirá, cheio de dor e vergonha pelo castigo que terá recebido.
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