A escalação da ex-BBB Jade Picon para a próxima novela de Gloria Perez está dando o que falar. A informação, que foi confirmada por Lucas Pasin, colunista de Splash, virou polêmica, porque a famosa não tem DRT, o registro profissional de ator/atriz na carteira de trabalho, e nunca atuou ou estudou atuação.

As atrizes Anna Rita, que já foi da Globo, e Nina Tomsic e Ana Hikari, que estão na novela das 19h, se mostraram bastante irritadas com a possibilidade de Jade trabalhar em uma produção.

“Meus dez anos de curso de teatro se encontram de luto após essa notícia”, disse Anna Rita no Stories do Instagram. “Duvido aguentar um dia. Nossa profissão é pra gente qualificada. Não tem glamour, não é fácil e não é qualquer um que faz.”

Os posts foram apagados, mas a revolta não ficou apenas nas redes sociais. Em pouco mais de 24 horas, o Sated-RJ (Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro) recebeu mais de 3.000 ligações de filiados e não filiados do Brasil pedindo esclarecimentos e cobrando uma posição da entidade.

“Já conversei com a emissora, notifiquei que ela não tinha DRT e me disseram que ela tinha registro de modelo. Mas o registro de modelo não serve”, esclareceu Hugo Gross, presidente do sindicato, ao jornal Folha de S.Paulo.

“Conversei com presidentes de outros sindicatos e estamos fechados. Não vamos deixar mais isso acontecer. Não estamos aqui para atrapalhar a vida de ninguém, estamos para cumprir a lei. Sem registro profissional, a Jade não trabalha.”

Por enquanto, a emissora não se posicionou a respeito da resposta do sindicato. Mas essa não foi a primeira vez que uma pessoa foi escalada para uma programação global sem ter o registro profissional.

A influenciadora participou da série da Rensga Hits, da Globoplay, mesmo sem ter DRT.

A ex-BBB já havia gravado uma parte da produção, quando a emissora foi denunciada por atores desempregados. Eles cobraram da Globo que a ex-apresentadora tivesse um registro profissional para atuar.

Depois de ficar em “maus lençóis”, a emissora conseguiu uma autorização especial do Sindicato dos Artistas para que Rafa continuasse trabalhando.

“A Rafa Kalimann fez vários cursos de teatro ao longo de sua vida e ainda apresentou uma autorização específica para aquele determinado personagem”, disse Gross.

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